A vida em Amesterdao



Nao o retalho da vida de um medico, mas o retalho da vida de uma portuguesa na terra dos diques, bicicletas, tulipas, moinhos, queijo... e sim, das drogas e do Red Light District tambem.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Viagens na minha terra


Este fim de semana fui com o meu meia-laranja (esta expressão não é minha e está a ser usada sem autorização, violando grosseiramente os direitos do seu autor, mas enfim...) a Lelystad, a capital da 12ª provincia dos Países Baixos (e a mais recente, fundada apenas em 1 de Janeiro de 1986!!!) e roubada ao que antes era o Zuiderzee (mar do sul). Realmente Deus pode ter criado o mundo, mas Flevoland foi mesmo criada pelos Holandeses!!


Toda a área de Flevoland é um polder, que mais não é do que uma porção de terreno baixo que constitui uma entidade hidrológica artificial, incluída entre diques. Para escoamento das águas pluviais todos os polderes devem ser drenados por meio de canais com comportas e/ou de bombas, a fim de impedir a subida excessiva da água no interior da área protegida pelos diques. Ou seja, a água do mar tenta continuamente recuperar a terra que perdeu, enquanto que máquinas continuamente bombeiam as águas para fora... verdadeiramente uma luta desigual...


Resta dizer que esta província tem aproximadamente 370.000 habitantes. Lá saberão os Holandeses que, embora desigual, a luta favorece o homem!


No entanto, por muita admiração que o engenho me provoque, confesso que não gostei particularmente de Lelystad, é demasiado nova, sem história... sem edificios marcantes ou monumentos, Igrejas e edificios carregados de significado... é uma cidade limpa, organizada, com aspecto ainda em construção, com casas novas sem serem mesmo novas, com aquele ar de dormitório que eu tanto abomino... e no entanto, sem prédios, com casas e vivendas geminadas, com arruamentos e estacionamento, caminhos para as bicicletas e comércio! Sem razão, na verdade, para não se gostar... tem paisagens selvagens (tão selvagens quanto 25 anos o permitem), verde e fica a 40 mns de comboio do centro de Amesterdão.


Contudo, para mim, sair de Amesterdão e ir para Lelystad foi como sair de um poço de cultura e entrar numa cidade que me deixou totalmente indiferente.

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