Viver todos os dias é ver o melhor e o pior. A cara antes da maquilhagem, as olheiras antes do café, o jantar queimado no tacho, o pijama foleiro, o robe de avó e as calças entaladas nas meias quando aperta o frio.
É levar com os nervos do dia-a-dia, a gritaria do trabalho ainda a fazer eco em casa, as dúvidas, a depressão de inverno, as manias e tiques e limpezas.
O Byron é que dizia: "é mais fácil morrer por uma mulher do que viver com ela". Porque viver é que é a grande prova. O grande amor.
E o que eu quero dizer é: o amor nunca devia ser tomado como um pressuposto - a célebre desculpa "claro que gosto de ti, senão não estava contigo". O amor deve ser dito em voz alta, manifestado em actos loucos e românticos de vez em quando, enviado por mensagem, escrito num telegrama, num espelho, no pó dos móveis, se for preciso.
O amor deve ser dito em voz alta mesmo quando se está lado a lado. Mesmo não: sobretudo quando se está ao lado.
Pela Juliette
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