A vida em Amesterdao



Nao o retalho da vida de um medico, mas o retalho da vida de uma portuguesa na terra dos diques, bicicletas, tulipas, moinhos, queijo... e sim, das drogas e do Red Light District tambem.


domingo, 9 de março de 2008

Conversa

Hoje à tarde tive uma conversa muito interessante com uma pessoa interessada em vir prosseguir estudos em Amesterdão...

Curioso como ainda funciona a percepção geral sobre o que implica sair de Portugal. Que é um drama, um risco, que até se está bem por lá, porque arriscar a segurança adquirida pelo risco do desconhecido. E que quem o quer fazer, fica "enrolado" nas malhas do receio geral.

E a coragem e determinação começa a vacilar.

Na verdade, tudo isso é compreensível, mas a verdade é que depois da decisão tomada, malas feitas e avião apanhado, tudo se torna muito relativo.

E arrependemo-nos sempre mais do que não fizemos.

Por isso M. se estás decidida e pesaste os prós e contras, vai em frente, como me parece que o farás...

5 comentários:

margarida disse...

também eu pondero o mesmo..fazer o meu estagio na Holanda...veremos se terei os "tomates" necessários para seguir com essa minha ideia até ao fim. ate agora esta tudo a correr nesse sentido, mas até ao minuto antes de embarcar no avião, posso desistir... veremos. força para a M., força para mim e força para todos aqueles que querem largar as saias da mãe, testar-se a si próprio, ou só e apenas, experimentar algo de novo..

Lewis disse...

Eu consigo de certo modo compreender esse diálogo de incertezas e duvidas.
Já fui várias vezes tentado por essa ideia, mas geralmente somos sempre direccionados para aquilo que é o mais cómodo, ou seja, fazer a nossa vida em ambientes que nos são familiares. Uma das várias razões para este tipo de atitude é a existência de casos de burlas e de pessoas enganadas e desiludidas (e isto às vezes de portugueses para portugueses lá no estrangeiro)...
Claro que estes casos não acontece a toda a gente!Mas dá sempre que pensar...não sei...
Penso que torna-se normal e comum grande parte da população reflectir deste modo.
De qualquer maneira Tuxa, com uma vénia e de chapéu tirado admiro tua iniciativa. Who knows...some day...

Anónimo disse...

Nós, os portugueses, falamos muito na União Europeia, como algo de que nos pode proporcionar coisas boas. A verdade porém, é que quando temos que "ir" para a União Europeia temos medo. Falamos, falamos, mas na hora da verdade vacilamos...este jardim á beira mar plantado ainda nos prende muito. Os Ingleses vão! Os Holendeses vão! Nós é mais ai e tal, ai e tal vamos ver...E a frase é sempre essa: arrependemo-nos sempre mais do que não fizemos! Eu tenho ido, não tanto como desejava, mas vou...Amesterdão é a proxima "ida".

Fernando Cardoso - Viseu

Anónimo disse...

So para avisar: se fizeres os estudos ca e trabalhares ca, quando arranjares emprego nao cumpres os criterios para a regra dos 30%....mas as vantagens sao imensas e verdade. Raquel

MP disse...

Olá!

Eu sou a M, referida no texto em cima. E posso dizer, que desde que entre no programa para o qual estou a concorrer estou absolutamente decidida a ir, ou para Amesterdão ou para Barcelona (com uma grande preferência por Amesterdão). É uma decisão pensada, que não se toma de ânimo leve, mas acho que quando se chega à conclusão de que é mesmo isso que se quer fazer, tem que se ter a coragem para avançar, e fazer todos os esforços para isso.
Os medos vão sempre existir, mas acredito que na nossa vida se nada fizermos de diferente, também não poderemos esperar resultados diferentes, e que se não estamos realizados com o que temos devemos tentar encontrar algo mais e perseguir desafios. Uma das minhas frases preferidas é "O maior risco que podemos correr na vida é não correr riscos".

E falar com pessoas como a Tuxa ajuda-nos a perceber que muitas vezes esses receios não têm qualquer razão de existir, são muito aumentados na nossa imaginação e muitas vezes pelas pessoas que nos rodeiam, embora com boa intenção. Obrigada por toda a ajuda!

M